Ingênuo

Brinquedo de sonhar e esquecer a realidade.
Jogo de palavras cruzadas, tortas todas são...
Mas do que é feito toda essa nossa verdade,
Se não de um pouco de tudo da nossa ilusão?

Somos brincalhões nessa tenra e torpe idade.
Entre brincadeiras fúteis, que depois se vão.
E jogados para o alto, entre o vulgar e a vaidade.
Para procurar quem é, ou uma outra versão.

A pele pode revelar o perfume e a sensualidade
O toque torna-se o gesto do desejo e da intenção
Desnuda os pudores de quem busca intensidade,
De quem sonha com o mar de fulgor, de paixão.

E se o pecado é um dos signos dessa cidade,
Busco o silêncio de um brinquedo de condão
Mas o charme do desconhecido traz fogosidade
E eu brinco de ser todas as cores dessa volição.

Comentários

Belo. Tira o fôlego

Abraço amigo :)
Tatha Fernandes disse…
muito bom, muito bom!

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