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Mostrando postagens de janeiro, 2012

O pequeno banquete

O dia pode não ter sido como imaginei. Passou. Você não provou do pequeno banquete que fiz Você nem sequer sentou-se a mesa comigo. O dia foi bom. Fiz minhas confissões às horas enquanto pensava nos teus “sim” e sorrisos estive, se calhar, num estado de felicidade. O dia, tingido no laranja de verão esvanece E a porta canta no tom do caos inesperado Somente para me avisar que você lá está. Passou. Os olhos se perderam em vasta face. Não vi segredo, desprezo. Não vi nada. Lá, entre um sorriso dissimulado, nada havia! Sozinho fiquei. Novamente. O dia pode não ter sido como imaginei. Passou. Mas se aqui se espera um ‘mas’, não poderia ser. Contento-me com o ‘se’... Se foi. Para sempre.

Segredo de menino

Qual é a maior torre que consigo morar? Mas tem que ser um lugar onde eu possa existir sem tempo, sem dor... Brincar entre os segundos inexistentes até não mais sentir as pernas e enfim esperar a saudade apontar-se no horizonte. Mas lá, eu não tenho tranças, cortas, portas, tampouco janelas... a saudade, tampouco a consciência podem entrar e no horizonte que eu as vi, eu as vejo desvanecer. Sou apenas eu. E, frente a todas minhas virtudes descubro os meus maiores defeitos. Eu brinco com os meus defeitos. Imaturamente. Afinal, pouco importa virtudes e defeitos, saudades, vontades e desejos, pois cá eu me protejo de mim mesmo. Afinal, reservo o claustrofóbico cômodo da torre para aquilo que desejo extirpar de mim, por isso a torre mais alta não fica vigiando lado qualquer do meu castelo de cristal. Não há lugar para ser só eu no meu castelo, pois lá abrigo a solidão e outros três fantasmas. Já na torre esqueço-me de ser eu e aos poucos me afogo na ausência de consciência. Aos poucos dest