Os Quatro Fastasmas do Natal (Parte 3)


Sábios devaneios, naquela noite não contida
Onde a música enaltecia os sonhos do sentido
fazendo a alma agitar-se no ritmo da batida
e o corpo desnudar-se ao estar entorpecido

Mirei os olhos da fada verde, enquanto ermida
No bojo de palavras tortas e doces, havia sido.
Pulei nos céus dos teus beijos fartos de vida
Caindo no sabor fácil da boemia acometida.

Daquela festa, os prazeres se enfileiravam
Ao gosto e gesto dos fregueses exigentes
Mas até as noites para os dias se quedavam.

E assim os doces sabores se transformavam
Em lembranças nostálgicas e prepotentes
De despedidas que nunca se acabavam.



Não se enxerga sem antes conhecer a escuridão
Não se extasia sem pular no ritmo dos sentidos.
És diversão

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