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Mostrando postagens de agosto, 2008

O Jogador (final)

Te amo por tuas decisões, mesmo não as compreendendo. Te amo pela força, mesmo vendo os tropeços. Te amo na saudade de não ter por perto. Te amo, pelos abraços calorosos, que eu sonho em ter. Te amo pela companhia silênciosa. Te amo pela esperança deste amanhecer. Te amo pelo teu carinho contido. Te amo por aquilo que me escapa na fúria de te amar. Te amo, sobretudo, pela calma que me passa. Te amo com o amor de um homem que ainda é um menino. Te amo pela esperança de um dia ser digno de dizer que te amo: Eu Te amo, Te amo em pensamento, posto que meu amor não és grande. Te amo nesta despedida triste, nas lágrimas que agora derramo. Te amo, minha vida nada minha seria se não fosse por amor. Te amo até a última folha deste livro vil que, se finda num canto sem por isso deixar de dizer que meu amor não é mero encanto de um ser que tem para si apenas descontinuados devaneios. Te amo.

O Jogador (parte 2)

Amanhã, ao acordar, vou ver que o mundo mudou. Terei flores no lugar de lixo, poesia ao invés de rispidez. Amanhã, ouvirei a tua voz, rouca ainda de recém acordar, proferir palavras de carinhos e com um beijo suave você me despertará. Amanhã, seremos tocados pela luz do dia depois de uma noite chuvosa. As cores estarão intensas... mas o horizonte será aquele que quisermos desenhar. Amanhã, o desjejum será servido na cama. Sinta o cheiro da manteiga a dançar os caminhos incertos do pão ainda quente! Acompanhe-me em todas as delicadas sensações. Amanhã, o tempo se guiará através da melodia dos ventos juvenis de primavera. Não haverá mais dor. Amanhã, o infindo deste mundo se alegrará ao perceber que não há mais distinção entre o começo e o fim de nós. Seremos um! Amanhã, o dia será minha vida. Este é o meu cordial desejo: ...

Cavaleiro da Perfeição (parte 2)

Busco um pouco de paz dentro dos livros, pois em mim só há consternação. As músicas tocam o meu coração. Lágrimas me acompanham, em um ritual solitário. Um banquete comigo mesmo. Sem regras, sem piedade... apenas a insipiente realidade de mais um bizarro dia confrontando-se com meus temores e desejos. Não sei mais nada de ti. Não parece eu ser parte da tua existência. Não me assolaria tanto a solidão que sinto no meu peito, posto que sua força não tivesse sido o resultado dessa insuportável sensação de abandono. Havia aprendido a lidar com os meus fantasmas e incoerências. O amor que vivia no meu peito era para os livros e ilusões. Mas você veio a mim, de mansinho... construímos uma história. Meio estranha para alguns e talvez incompleta para outros, mas é a nossa história. Por que tenho a sensação que a nossa história é apenas mais uma entre os livros da estante empoeirada do poeta morto? Será que tudo isso não foi real? Foi um ensaio tosco de uma mente insana, que deixou se levar por

O Jogador (parte 1)

Quebrado , o meu coração de lata se divide em duas ou três partes, ou tantas outras partes. 1 ª partes, profundidade, persistência... Ouço tua voz, leio tuas cartas e promessas, mas não vejo o teu rosto, não vejo tuas escolhas, pois tua retina ainda me é misteriosa . 2 ª partes , particularidade, peripécias... Vejo teu corpo, mas não sinto o teu cheiro ... não sei se és doce, ou cítrico... se és prosaico, se és inusitado. Nem sei se és o teu mesmo. 3 ª partes, profusão, perfeição ... Sinto o bojo, mas não encontro o vazo em que reside, tampouco, uma perspectiva qualquer do mesmo. Não sei se busco algo fácil ... não tenho medo do complexo , desde que ele seja o simples , ou seja, o verdadeiro , pode ser uma verdade das tantas verdades . O amor não está no racional , está no transcendental , na união de ideais... não há domínio, apenas vivência... não há compreensão, apenas experiência... há transmaterialização!...

Cavaleiro da Perfeição (parte 1)

Cansei de ser eu mesmo. O vívido e entrelaçado ser que se envolve em mim cansou de tudo. Cansou de toda essa história do que o que era pra ser não é e o que não era para ser reina placidamente. Os buracos nas estradas e as ditaduras perversas do mundo que ditam uma perfeição complexa me entediam demasiadamente. Acho que não quero mais buscar por aquilo que busquei, se são essas as condições que o parece reger... quero o silêncio da noite, o barulho da chuva e a sensação de frio... quero sentir-me vivo de novo, pois o desconsolo de um sonho perdido, neste momento se assoma às mágoas que me acompanha. Não adianta mais eu bancar tantos erros sozinho. Não faz sentido! Afinal, eu estou sozinho? Às vezes me sinto como se assim eu estivesse... Talvez eu esteja de fato, e o contrário tenha sido apenas uma ilusão que agora desfaleceu. Você diz entender e se conformar com a tua solidão. Eu digo que não devias se conformar com nada nesta vida. Não há tempo para conformações! Afinal, o dia amanhec