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Mostrando postagens de maio, 2015

A outra metade da conquista

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Tenho 21 anos. Agora sou considerado um adulto pela sociedade e pelas leis do meu país. Estudo em uma das melhores universidades e o meu curso é um dos mais renomados da área. Hoje, fui aprovado em primeiro lugar em um processo seletivo do meu curso. Além disso, sou estagiário desde o meu primeiro período da universidade e o projeto de iniciação cientifica que desenvolvi junto ao meu orientador foi aprovado há poucos dias. Em pouco mais de um ano da minha vida acadêmica fiz tudo o que pude para conseguir ver sentindo em minhas escolhas. Tento me destacar, mesmo tendo em mente que alguns de meus colegas tiveram uma formação melhor que a que eu tive. Não compito como meus colegas, sei que o mundo é muito maior do que as 30 e poucas pessoas da minha sala. Este mini mundo só faz criar distância entre as verdades do mundo capitalista para vivermos uma utopia. Que bom que é assim!! Eu sei que isso pode parecer coisa boba, para você que já passou por isso ou que acha que dramatizo dem

Acusações sobre o tempo e sobre os traumas

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Deve existir alguma fuga para o tempo. Talvez naquela curva da alameda que eu tenho como rotina visitar aos primeiros sábados do mês. Eu gosto de alimentar minhas rotinas. Elas existem para me dar conforto e me perceber como dono de mim mesmo. Mas hoje, não me importa falar sobre o conforto. Quero falar sobre a inconstância. Nem tudo aquilo que não me matou me fortaleceu, do mesmo modo que nem tudo aquilo que não me matou me deixou sequelas eternas. O problema é o meio. É acordar assaltado por pensamentos incorpóreos, sem conseguir dar nome ao que me aflige.   Não foi sonho, tampouco ansiedade em demasia.  Os assaltos noturnos, ou os relapsos diurnos são consequências das pequenas mutilações que nos submetemos diariamente. Mas, veja bem, não falo em lugar de vitimado ou de vitimador. Já vejo que sou as duas coisas, ou melhor, eu sei que sou o acusado e o acusador das coisas que elegi dizer que são minhas. Nas alturas dessa idade (ou através da minha necessidade de cate

A virtude da compaixão

Se entregar é uma atitude de desapego. Desapegar-se de nossos orgulhos. Deixar ser humilhado, ser tocado pela desonestidade, naquele canto do teu mais íntimo que reservou para ser chamado de nosso. Desapegar não acontece de forma equivocada. É algo que mais acontecendo quando o seu cotidiano é emanado por energias novas. Energias que me trouxeram mais cor. Ao mesmo tempo, você construiu teu cômodo com tijolos do companheirismo, mas os entrelaçou dúzias de difamações. Como se olhasse para esse lugar chamado de “nós” um espelho de ódio a mim, que creio nunca entender os motivos. Se entregar é uma atitude de desapego. Desapegar-se de nossas verdades. Pois, não importa o que se faça. Existe uma teimosia na verdade! E ela faz de tudo para aparecer. Ela é como uma criança birrenta que você tenta dissuadi-la que o mundo não gira ao seu redor, mas ela só consegue entender o que lhe agrada, e quando ameaçada, nos empurra para bem longe de qualquer paz de espírito. Quando a verdade cheg