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Mostrando postagens de junho, 2017

Estragos, destruições e consequências

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E quando eu pensei que já havia superado tudo isso e que poderia finalmente baixar minha guarda e viver da segurança que inventei. Eu poderia ser aquilo que supostamente eu devia ser e plantar as sementes de felicidade que me prometeram. Tinha certeza de que minha tendência exagerada em auto humilhação havia desaparecido e agora eu poderia ser o que eu supostamente devia ser, isento de qualquer culpa. E meu orgulho havia dado lugar para a serenidade de uma imparcialidade fabricada. Eu estava envaidecido pela necessidade de ser melhor e as reações de uma subida vontade me seduziram para a sua pista de dança. Aos poucos, me vi escorregando novamente nas reações e consequências das minhas escolhas teimosas. Mas agora não tenho mais defesas e estou disposto a tirar qualquer truque possível dessa situação que estou. Pois sinto que quando eu quis ser cumplicidade e apoio, talvez nunca eu fui, e me transformei uma pilha de estragos. Na sua frente eu fico reduzido apenas às mi

O Gosto do Sal

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Da porta invisível que separa o seu quarto do mundo pode não ser mais do que algumas polegadas que projetam aquilo que pensa que você é. Seguro você pensa estar. Pois se mantém no anonimato dos números, assim como na frieza dos infinitos corações que ganha ao mostrar rotineiramente o auto abuso que faz de sua intimidade. Dilacere, compare, comprime, escolhe e elimine os retratos de sua parede! Afinal, as estações requerem o frescor de novas cores, e você as têm. Desse modo, meneia o ainda lhe resta de amor próprio e constrói um cotidiano entre a necessidade de um enxoval novo e o sonho de um príncipe encantado. Tuas estridentes palavras corroem os restos das possibilidades, pois você não aguenta o peso de ser quem é. Pelo menos, ainda não consegue ver nada além de uma miragem à frente. Você está no deserto de cinzas das coisas que deixou para traz. E tudo isso para se perceber infinitamente órfão e só neste teu quarto invisível. Mas tua alma queima no sol de um amanhã que