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Mostrando postagens de abril, 2011

sobre envelhecer

Quero beber um copo deste teu lubridioso licor. Assim eu entenderei um pouco dos cortados sinais, Que sondam as cortinas dos meus sentimentos mas que sucumbem entre tuas criadas neblinas. Os teus dentes de lata sorriem para mim. Os tortos gestos de um corpo maculado Transam com as tentações do velho senhor Para a amargura buscar conforto em mim São tantas horas rodadas ao terno gesto do acaso Que me pergunto o quanto disso tudo é invenção Pois não há de ser certo querer sentir o gosto E apenas o vazio preencher os meus espaços Até não chegar uma resposta fabricada abro os livros que nunca foram escritos e cozinho os sonhos alheios, egoista-mente nesta masturbação da solidão sem fim.