Cantares

Foi de repente... Um surto nostálgico ao ver aquelas palavras organizadas num pequeno endereço quase sem sentido ao apagar pessoas sem rosto da minha vida.

O que fazer com este? - pensei sem muita expectativa a princípio –
O que fazer com essa história de possibilidade e gostinho de interrompido?

Éramos crianças escondidas dentro de semi-adultos, cheios de temores por sermos quem já sabíamos que éramos... Mas eu não sabia, apenas imaginava... Faltou-me coragem para saber...

Às vezes, fazer ressurgir histórias com finais abertos pode ser trágico, pois quase sempre continuações não são as melhores coisas do mundo: dissolve-se toda a magia do primogênito ilusório que tanto cultivei em mim.

Mas, atualmente, acredito mais nos contos de fadas reais do que nos contados por papudos “best-sellers”, decidi arriscar um novo enredo, um novo desfecho... Confesso, por nem um único momento pensei que teria tantas surpresas! Tantas boas surpresas!

Procurei a nostalgia de um tempo cantante e ingênuo, encontrei novidades e confluências...
Procurei notícias de um mundo que ficou encantado, encontrei partituras de musicas em complexas melodias.
Procurei afinidades! Encontrei muitas! Mas, sobretudo, encontrei caminhos tão distantes e tão parecidos!

Pode ser o efeito da gostosa alegria deste momento de relembrar o que aconteceu...
Pode ser o “se” brincando em minha cabeça ao pular as possibilidades daqueles tempos.
Pode ser, enfim, perceber que a confluência de incoerências e de desconhecidos pode ter tanto em comum e tanto de diferente, mas, que de algum modo, dançam uma mesma canção e esperam pelas rosas que um dia hão de ganhar!

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