O Diário de Teegoh – Semana 24

Ao chegar à Paris deixei para os quinhões do além mar a idéia de liberdade. Tampouco reconheço o significado do amor, como algo palpável. Igualdade... é tão irreal que recuso-me ousar firmar algo, mesmo que seja o contrário do real. Paradoxalmente minha cama fica na terra-mãe dessas palavras... Palavras, que, por sua vez, são cantos na boemia dos bordeis infestados de gente e de sexo.

Posso dizer, contudo, que hoje conheço algumas pessoas que atravessaram a barreira da mediocridade, mesmo sendo eles quase zumbis de histórias encantadas: histórias de amor. Mas nada mais agradável como companhia para beber os dias e as noites do que pessoas e suas histórias... Demonstro que cada vontade vale menos que as taças de vinhos que tomamos, e brindamos.

Eles me chamam de “amer” nas noites de boemia... Nada mais coerente, contudo! Até que gostei, por um segundo... afinal para alguns quando percebem que não existe “aimer” só lhes restam o “amer”... No fundo, sou o espelho da ilusão de cada um, sinto apenas por somente do lado de cá mostrar o que se é... não um reflexo fajuto.

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