Minha mestra
Não acredite no equilíbrio. Simplesmente porque ele não existe! Pode ser que haja um conflito de tensões divergentes que se findam na sensação de equidade, contudo, como já dito, isso seria apenas uma sensação.
Mesmo em um jogo, onde você tem o mesmo número de peças ou cartas que seu adversário e que as regras sejam aplicadas da mesma forma para todos os lado, ou seja, um terreno limpo de qualquer vantagem: isso é Ilusão!
Haverá sempre aquele que tem mais experiência que você, ou menos pretensão. Há quem sonhe e é petulantemente abusado! Há quem reze ou quem chore. Há quem seja o contrário ou tudo isso e tantas outras contradições.
Pois, em um jogo, não há ponto zero. Não se descarta as memórias ou as promessas não cumpridas. Enquanto hoje, você se sente o dono do mundo, amanhã eu sou o coringa que te joga pelo avesso. Psicologicamente.
Mas, coabitar com a finitude não é de todo ruim. Pode impulsionar. Pode ser brinquedo e pode-se manipular ao seu gosto. Às vezes funciona. Às vezes não. E nesta gincana de viver ganha mais quem sabe perder.
No final, somos egos inflamados, de ideologias utópicas e impraticáveis. Hoje desacredito que a bondade seja algo fácil de ver. Desacredito conhecer pessoas genuinamente generosas e despretensiosas.
Afinal, isso é um jogo. Uma brincadeira de viver. Enquanto minhas cores servirem para colorir o teu quintal, eu estarei lá, depois disso... enfim... nesse jogo nunca já ponto zero. Um ponto de equidade.
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