O Diário de Teegoh – Semana 18

Se quiser destruir um sistema, comece por destruir os símbolos que o carrega. Os porcos dançam lá fora, bebem a tristeza do vinho para desviar a atenção do corpo do insuportável cheiro de podridão. Contudo não posso reclamar de estar cercado por ignorantes, não foi preciso mais do que um pouco de proximidade e meia dúzia de palavras fáceis para conseguir acesso aos arquivos secretos.

Aqui eu não sou Teegoh. Mudei meu nome antes de começar a minha busca por motivos óbvios. Ao mesmo tempo em que um nome pode ser um símbolo e desvincular-se do seu pode significar perda de sua essência para mim aconteceu o contrário. Encontro-me comigo mesmo no silêncio das palavras, como se tomasse férias do mundo enquanto ele não é digno de minha presença.

Até eu retornar, se é que isso um dia acontecerá, sou apenas um soldado que faz o possível para não sucumbir à loucura. Hoje me entrego à esperança outra vez! Pierre não esteve aqui e essa foi a melhor falta de notícias que tive, pois sei que ele não esteve na sala 13. Resta-me agora saber como faço para sair daqui. Enfim, T.

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