A história de Andruz
Parte 3: A despedida. Ao tocar aquele rosto senti toda a beleza do mundo. Um sorriso complacente, deixou-me entorpecido e livre. Sua pele... cada centímetro de seu corpo, era o que poderia existir de mais delicado e vívido... Mas com o passar dos segundos percebi a dor do tempo a correr e se alastrar em sua feição, mesmo que de nada ele demostrava sentir à não ser pelo seu corpo se cristalizar. Foi quando, ele se levantou, deixando minha mão se perder no ar, quando antes estava a acariciá-lo, para voltar para as águas escuras. Ficou claro: eu o amava e iria perdê-lo. Sentia-me completo mas, ao mesmo tempo apreensivo... Definitivamente, não queria que ele partisse. Ele emergiu das águas antes mesmo de eu tomar consciência das minhas lágrimas. Voltamos a nos sentar no mesmo canto do salão, onde estávamos a pouco e, de algum modo eu sabia: seria ali, a nossa despedida. Sem ter como lutar contra a morte, aqueles segundos se findaram em meu pensamento como eternos. Mergulhei profundamente