Rotunda Roda Rotineira
É como andar por toda uma multidão, em uma grande avenida movimentada de uma cidade movimentada. Você se dilui em plena insignificância de ser mais um qualquer, mais um ninguém. Mas há uma pseudo ordem, uma organização social que faz de uns aqueles que vêm e de outros aqueles que vão. Parece uma balança que se equilibra numa dança perfeita, e ainda há aqueles que enxergam a fragilidade desse caminhar como a ingênua face da ilusão. É como uma barca à navegar sem rumo. Um capitão diz que vamos para Zulia. Alguns pensam que lá é o paraíso, outros são céticos e ninguém se percebe, pois lêem os livros dos dias e contam as horas para os parentes presentes e mortos... Um capitão esquizofrênico a brincar de Moisés, cria seus filhos na entorpecida ilusão de humanidade pós-moderna, pós-utópica, pós qualquer outra coisa. E você ainda se preocupa, afinal sente-se importante para aquela meia dúzia de coisas anódinas. Você se move conforme o vento que te quer carregar. Mas suas folhas são feitas de