Um presente compartilhado

É um limiar bastante estreito este mundo com o mundo de quem vos fala neste instante através destas palavras frouxas. Às vezes, tenho a vontade de escrever o que sinto... às vezes tenho vontade de escrever o que penso... mas nunca eu consigo alcançar um bom resultado, pois o que penso e o que sinto são tão superiores que não consigo exprimi-los em palavras, muito menos em gestos.

Eu sei qual é a coisa mais bela, a flor mais cheirosa, a música mais harmoniosa, o desenho mais perfeito... sei como acabar com todos os problemas do mundo, sei como acabar com a fome e com a pobreza... só não sei como passar isto tudo da minha mente para o real.

E neste dia, acho que devo abrir as portas do meu castelo de cristal para o menino que faz parte de mim, mas de mim do mundo de cá (ou de lá, depende de onde você queira ver). É muito fácil se indignar...sofrer e chorar com a corrosão do mundo, contudo, pra que serve a tristeza, indignação, revolta, raiva, se não aprendemos dela um modo de olhar o azul e ver todas as cores do mundo?

Numa encruzilhada de vida, onde os caminhos se assomam às dúvidas e reviravoltas, há sempre o que olhar, basta querer enxergar...

Estou numa encruzilhada de mim mesmo... talvez por medo, afinal é uma fase nova, talvez por ansiedade, por culpa, ou por emoção comprada... sei lá... só sei que confio em mim mesmo, pois um dia desses eu recebi a maior beleza do mundo!

Foi um presente de Deus!

Que só entenderá quem tiver um dia o privilégio que eu tive ao sentir o que senti...

Comentários

Anônimo disse…
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