Estrelas, Angústias e uma Xícara de Chá.
Uma lágrima anunciou essa tarde o tormento que seria o mar do meu castelo. Tive medo e agora meu mundo são palmos de agonia e dúvida.
Meu coração pulsa por uma raiva insana, indomável e avassaladora Meu coração pulsa emanando tristeza, sem ao menos saber qual a cor do sinistro que me atormenta. Se em minhas mãos um punhal eu tivesse, rubra seria a cor do meu ser, pois deixaria livre o calor do meu sangue escorrer no gume afiado da arma dos amantes para talvez desafogar-me. Essa dor me consome! A vontade que tenho é de gritar e correr para longe, para aquele lugar escuro e cheio de brumas, onde eu me encontraria com o senhor dos precipícios e de lá eu partiria...
Dessa corrida incontrolável, sinto os caminhos se estreitando e meu futuro cada vez mais incerto. Não tenho base, não tenho rumo... Meu destino? Sei lá quem é o dono dele! Nem sei se as estrelas saberiam me contar qual ele é.
Espero respostas. Pois o punhal continua em minhas mãos e ele ameaça tocar meu coração para então retirar todo o mal que há nele. Meu Deus, por que a minha vida é assim? Se há tantas coisas que eu amo, se há um caminho que parece ser de pedras brancas, mas que, ao mesmo tempo, me deixam confuso, me deixam sem esperança quase alguma e o que sinto é apenas dor, angustia e solidão...
Dor de pensar nas partidas, angustia em saber que há injustiças e impunidades. Consternação de viver por viver. Solidão por sentir-me só, mesmo quando há um milhão de vozes dentro da minha cabeça. Minha identidade caiu no bueiro das circunstâncias e percebo-me cada vez mais dentro do grande rede moinho do buraco negro e sem fim.
Se isso for apenas um momento de deliberação solitária, preferir-me-ia então pelo fim desse capítulo. Não agüento mais a pressão dessa máscara que ainda teima em dificultar minha respiração. E são das palavras repetidas que te digo, pois elas demonstram a minha insignificante existência e minha tamanha podridão.
Queria apenas um lugar calmo para enterrar meus pés e viver para sempre como uma planta, até o infeliz dia em que, feliz, pois comecei a perceber o doce perfume da primavera, meu corpo é estraçalhado na inocente brincadeira de pega-pega dos meninos. De tão inocente são, que nem percebem o infortúnio que me causaram. Mas foi a forma para perceber-me como sou e o que significo. Da mesma maneira que nasci, terminaria. Sem calor, sem sentimentos, sem vida, apenas a paisagem de alguém serena que cultiva dias melhores no jardim da esperança até chegar um garoto grande e arruinar toda uma vida de ilusão.
Talvez amanhã eu esteja melhor. Talvez amanhã o dia nasça sorrindo para mim... Talvez... Talvez não.
Meu coração pulsa por uma raiva insana, indomável e avassaladora Meu coração pulsa emanando tristeza, sem ao menos saber qual a cor do sinistro que me atormenta. Se em minhas mãos um punhal eu tivesse, rubra seria a cor do meu ser, pois deixaria livre o calor do meu sangue escorrer no gume afiado da arma dos amantes para talvez desafogar-me. Essa dor me consome! A vontade que tenho é de gritar e correr para longe, para aquele lugar escuro e cheio de brumas, onde eu me encontraria com o senhor dos precipícios e de lá eu partiria...
Dessa corrida incontrolável, sinto os caminhos se estreitando e meu futuro cada vez mais incerto. Não tenho base, não tenho rumo... Meu destino? Sei lá quem é o dono dele! Nem sei se as estrelas saberiam me contar qual ele é.
Espero respostas. Pois o punhal continua em minhas mãos e ele ameaça tocar meu coração para então retirar todo o mal que há nele. Meu Deus, por que a minha vida é assim? Se há tantas coisas que eu amo, se há um caminho que parece ser de pedras brancas, mas que, ao mesmo tempo, me deixam confuso, me deixam sem esperança quase alguma e o que sinto é apenas dor, angustia e solidão...
Dor de pensar nas partidas, angustia em saber que há injustiças e impunidades. Consternação de viver por viver. Solidão por sentir-me só, mesmo quando há um milhão de vozes dentro da minha cabeça. Minha identidade caiu no bueiro das circunstâncias e percebo-me cada vez mais dentro do grande rede moinho do buraco negro e sem fim.
Se isso for apenas um momento de deliberação solitária, preferir-me-ia então pelo fim desse capítulo. Não agüento mais a pressão dessa máscara que ainda teima em dificultar minha respiração. E são das palavras repetidas que te digo, pois elas demonstram a minha insignificante existência e minha tamanha podridão.
Queria apenas um lugar calmo para enterrar meus pés e viver para sempre como uma planta, até o infeliz dia em que, feliz, pois comecei a perceber o doce perfume da primavera, meu corpo é estraçalhado na inocente brincadeira de pega-pega dos meninos. De tão inocente são, que nem percebem o infortúnio que me causaram. Mas foi a forma para perceber-me como sou e o que significo. Da mesma maneira que nasci, terminaria. Sem calor, sem sentimentos, sem vida, apenas a paisagem de alguém serena que cultiva dias melhores no jardim da esperança até chegar um garoto grande e arruinar toda uma vida de ilusão.
Talvez amanhã eu esteja melhor. Talvez amanhã o dia nasça sorrindo para mim... Talvez... Talvez não.
Para o teu chá, uma ou duas colheres de açúcar?
Comentários
Me deixou fraco, cansado, derrotado. Com frio e com fome. Fiquei rouco de tanto gritar aos teus ouvidos surdos.
Não sou o poeta. Tampouco proseio o necessário para despertar o amor alheio. Fracasso a cada tentativa.
Mesmo assim, insisto em usar as letras, numa estúpida tentativa de me fazer entender. Mas, como o farei, se sequer eu me entendo? Não consigo entender meus sentimentos, minhas razões, meus devaneios. Quando me vejo, fiz o repreensível. Fiz o maldito. Não fiz o digno para cativar seu apreço.
Grito aos surdos... mas, agora, só agora, me vejo só nesta multidão de nós dois. Só agora, enxergo o quanto me tornei afônico da tua própria insídia.
Então, me resta o último ato nessa louca comédia que é nossas vidas. E insisto em transformar num acontecimento funesto. Nem drama consigui fazer... essa composição que tangeia a tragédia e a comédia.
Hora de fechar as minhas cortinas. Hora de apagar as luzes. Encerrar a bilheteria. Dar por findo tanta gritaria que eu mesmo clamei.
Mas, não derramarei meu sangue... não mais do que já me foi derramado pelos alheios. Me questiono sequer se ainda há sangue em minhas veias. Se houver, tenho certeza de que não é humano. Talvez seja solvente, que corroeu você que me teve contato. Ah... assim o fosse. Você nada sofreu. Dissolvi apenas a mim mesmo... Apenas a mim mesmo.
Hora de agradecer aos aplausos que você nunca me deu. Os júbilos pela minha fraca interpretação que nunca ouvi de ti.
Parto.
Se não para longe, ao menos, ao meio. Por minha culpa, por meu delito, por meu pecado: te amar.
Mas, te amarei ainda. Justificando meu tormento, que é a única coisa que ainda terei de ti.
Porque ao parar diante dos teus portões de cristal, nada vi além do meu próprio reflexo. E sequer este estava distorcido. Era a pura e simples a imagem de alguém distorcido. Mas, te agradeço. Porque me reconheci nela.
Vai de vez para teu leito na floresta escura. Ou parte para tuas nuvens de capricho. Se não te entendes... jamais me compreenderá.
Porque nessa vida, nada mais fui para você do que um arlequim grosseiro... nada mais que teu revérbero. Sabe qual a diferença entre eu, reflexo, e você, com todo seu timbre? Eu também lutei, só que acabei perdendo.