As razões do inexplicável

De todas as contradições e absurdos há uma, em especial, que me faz escapar as correlações do certo moral e do libertino sabor do prazer. A insustentável leveza do ser torna-se um paradigma subjetivo que perpassa pelos absurdos de um exemplo, contudo, diluído no cotidiano dos compromissos, não fica longe de nós a evidência que o caos do vazio pode proporcionar a dor de não ser.

Liberdade tão bem cantada nas melodias novicentistas que ainda ecoam em nossa mente como um propósito possível... Embriaga, porém, a capacidade lógica de um direcionamento mental com as torpes volúpias chamadas de amor, paixão e desejo. Liberdade, a tal, que busca prender-se nas fivelas de uma história qualquer. História inventada entre capítulos retos. Onde, quando o desejo é ascendido por um instante, e concedido, resulta em um laço (ou algema) entre nossas vidas e a do outro.

É um ciclo vicioso ou virtuoso? Erramos ou aprendemos? Não há como ser duas coisas! Mas somos! Somos a leveza de uma alma imortal encarcerada num vaso temporal e assim passamos a comparar nossas glórias inventadas. Louvamos outras glórias inventadas também! Afinal, é um sobre um norte que caminhamos, mesmo quando ainda não sabemos andar.

Lamento. Hoje amo, mas não sei o que isso possa vir a ser. Hoje desisto, mesmo sabendo que vou te seguir. Hoje espero, mas estou correndo sem parar. Hoje morro, pois viver não é uma escolha. É uma obrigação.

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