Sobre o tempo e escolhas
Quantas palavras, em vão, foram gastas ao ermo do cotidiano. Penso que já me habituei com minha inteligência fabricada pelos esforços contra a mediocridade, mas nunca me deixarei levar pela ausência de esperança tampouco me enebriei com qualquer coisa que não valesse um esforço meu. Mesmo nos meus pioreis equívocos que não foram poucos. A razão de tudo isso é justamente a ausência de razão. Se chegar o dia em que me sentir que não vale a pena querer ser sonho, eu saberei que de nada mais serei útil. Porém, cansa-me a alma falar sobre o tempo. Pois ele, com suas volúpias engessadas em mentiras que todos contam, torna-se um mar calmo para aqueles que querem ser uma fantasia real. Isso é possível para mim. E penso que vou morrer a tentar: viver de outro meio simplesmente não cabe. E se é ditado que o tempo é capaz de afastar as pessoas, porque eu o vejo como a mesma ação do vento em uma caravela? O homem já viveu tempo o suficiente e é capaz de escapar, mesmo que apenas um algu