Conhecer-se e quase ter um ataque dos nervos

Aviso:
Este texto pode ser literal ou metafórico ou as duas coisas ou ainda uma outra qualquer...

Eu acho que sou um rapaz que sempre buscou se alto criticar no intuito de buscar “auto-conhecimento”, ou, perceber-me minimamente. Às vezes, eu sei, até exagero um pouco. Contudo, mesmo assim, deparo-me ao olhar-me nos espelhos da vida com uma figura que de nada me agrada.

Quando isso acontece, num primeiro momento, evidentemente, o alvo é o aparente, afinal, estamos falando de olhar-mos nos espelhos. Depois dessa primeira impressão, que é por si só um tanto traumática quando o que se vê não é em nada o desejável, tento continuar os meus afazeres como se nada tivesse acontecido, mas o meu mundo particular ganha outra perspectiva mesmo eu buscando cuidar do meu cotidiano da forma mais pragmática que é possível.

Mas, confesso que não dá muito certo: são as roupas que parecem não cair bem, as fotos recém tiradas onde o rosto pode ser muito bem confundido com uma bola de basquete, e, pior de tudo, ainda tenho que escutar pérolas que só te faz pensar exatamente o contrário do que se foi dito ou pensar que a pessoa ou tem problema nas vistas ou está tentando ser “simpática”.

Para completar o quadro, ao pensar que poderia tomar uma postura efetiva para reverter uma situação como essa (que me causa muita chateação e irritação, por sinal) eu sempre acabo no discurso do bom crítico e péssimo “executador de melhorias”... E, pior! Isso é quase como um ciclo vicioso de um auto-flagelador, pois, se no princípio, era o físico que não agrada, o cotidiano torna-se uma briga ferrenha minha contra eu mesmo em quase todos os aspectos.

Veja bem, eu nunca fui de me preocupar com a forma física, na verdade, meus cuidados são voltados muito mais para saúde. Mas, hoje o que me irrita mais são as minhas atitudes que cominaram nessa insatisfação... atitudes de um rapaz que tanto presa a consciência mínima de si mesmo e percebe-se jogado a um cotidiano caótico transformado por ele mesmo.

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