As Borboletas Que Só Você Entenderia...
Talvez nem tão aprumado, nem tão afastado... Talvez meio sem jeito, ou completamente desajeitado... E assim vai, pelos caminhos dessas terras sem cunho, sem amo, sem recinto algum à não ser a imensidão dos campos de girassóis que tentam nortear a ti e a mim por esses lugares gentis que dizem ser o que são, mas que são, na verdade, aquilo que você quer que sejam.
É sentir algo delicado, doce, afetuoso, e às vezes, bulir e atirar para o alto tudo aquilo que é de ser certo. Jogar para o alto, por altivez, por tentar achar o que está mais do que claro, por vontade de buscar por aquilo que já se tem, mas não conhece a imensidão verdadeira... Até que tudo pára e apresenta-se como verdadeiramente é, na fragilidade de um toque, como se nada antes tivesse existido, você se sente sozinho, desamparado, abandonado dos cuidados e carinhos.
Não é que eu espere a carruagem da felicidade bater nos portões do meu castelo de cristal. Eu nem ao menos sei o meu endereço e onde poderiam me encontrar... Apenas a procuro... ou melhor, procurava... Pois como aquele dilúvio que te pegou no meio da tarde entontecedora e fez você literalmente esfriar a cabeça, ou ficar com mais raiva ainda, o amor chega e conquista o seu espaço sem muito esforço, pois ali é o seu lugar, não precisa ser conquistado, apenas se coloca em seu lugar de direito!
E foi no meio da imensidão e do nada que pude notar que por mais que esses mares sejam feitos de rotas fáceis, eu prefiro estar ao teu lado. Não é uma escolha! Pode até ser sim, uma escolha, em partes, mas o amor é algo que move as pessoas, que move até os conceitos mais firmes dessa terra, pois de tão firmes, podem cair podres no chão e se desintegrarem perante aos sentimentos verdadeiros.
Dir-te-ia um universo de palavras, mas no momento as lagrimas decidem passear pelos cantos da minha face... Elas anunciam a felicidade de ter te conhecido, de poder dividir uma tarde contigo. Elas são de dor também, pois sabem bem que o caminho não é fácil, porém se houver algo de fácil nessa vida, por favor, embrulhem e mandem para bem longe de mim, pois o que sinto é tão sublime, é tão forte e maravilhoso que não trocaria por nada nesse mundo!
Queria eu nesse momento transformar esse mundo em um lugar menos triste, para te dar aquele campo de margaridas e um pomar das doces frutas do viver... queria sentir o vento tocar nossos corpos, perto da montanha e do céu, sentir-te livre dos teus pesadelos e apenas viver... como queremos...
O futuro... deixo para aqueles que devem domá-lo, enquanto ele não chega a mim, prefiro tentar viver o momento... com as borboletas que me são oferecidas para enfeitar os meus jardins, prefiro elas às do meu vizinho, pois elas são o que são e eu as amo por serem assim, por serem exatamente assim!!! Sinto muito quando as vejo pegarem o ônibus para as terras mais geladas, porém sei que é necessária a partida! O que me conforta é saber que no clarear do próximo dia, elas voltarão, mais belas, mais coloridas e cheias de novas histórias... mesmo que elas sejam as nossas nostálgicas e belas historias de amor...
Só queria deixar claras as palavras que repito sempre: TE AMO! Não há em um momento se quer que essas palavras foram ditas por vontade de agradar-te apenas... elas são verdadeiras! E quando digo isso, quer dizer, além do que dizem por si só, que estou armado e pronto para enfrentar os nossos obstáculos... não há outra pessoa nesse mundo que teria o poder de me fazer sentir tão vivo como você faz! Eu te amo, pois você é único... te amo a cada minuto por cada ato e palavra dita, pelos momentos em que eu perco o controle e você me acalma, mesmo quando teu coração está invadido de decepção....
Ah essas borboletas sabem o que é sentir! Seria impossível seres tão belos se não convivessem nos campos dos cupidos e hortênsias... As coisas são harmoniosas até no descompasso da vida, e tudo se encontra quando deve ser encontrado, é um quebra cabeça sem encaixes... é a vida... é o amor!
Talvez, alguns de vocês, íntimos desconhecidos, não entendam metade das minhas palavras... Lamento por vocês e torço de coração que um dia encontrem uma das borboletas do teu jardim... você será mais feliz! Assim então, entenderá o que digo!
Morreria como um afortunado, se hoje fosse o meu dia de partir! Não me importa se ainda não plantei uma árvore, nem se tive um filho... pois deixo muito mais que um livro, deixo uma história e deixo a esperança para os corações dos desamparados de amor: Por favor, acreditem no amor, assim como vocês crêem na luz do sol! Vocês serão mais felizes até quando chover desentendimentos... procure nas palavras do teu coração as linhas escritas pelos anjos descontinuados, eles são o oposto dos açougueiros de corações... eles são nobres... e se falham as vezes é porque, mesmo sendo anjos, possuem o discernimento humano o que os fazem pular as pedras certas e cair nas por causa das pedras erradas, num baile onde o tom está em desarmonia consigo mesmo.
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Um grande abraço!!