O Porvir

Escolho o olhar perdido, a voz que falha e as frases incompletas de um abraço nunca dado. Pois percebo que os problemas que passei, assim como as conquistas e as perdas que compõem este caminho, fazem de mim um amalgama de gente, que luta contra a natureza obscena da perversão.

Mas não me entenda mal, não se trata de me sentir capaz de mudar o mundo à minha volta, ou sequer mudar o outro, seja lá quem ele o seja. Nesse caso, o inerente a minha existência se confunde ao etéreo do desejo, cujas vontades egoístas e mesquinhas, no momento seguinte, já deixaram de existir.

E o que sobra é a dúvida que mesma seus gosto do tempo com a saudade e a esperança de um novo reencontro comigo mesmo. Aquele que um dia amei ser.

Sou a necessidade dos encontros voluntariosos de olhares, assim como sou o errante da escolha e do pertencer a mim mesmo, aos meus comprometimentos. Sou a urgência do estético e da sinceridade, até no momento em que eles não sejam capazes de traduzir a sutiliza azeda da incompletude da existência.

Enquanto sou insatisfação também sou urgência. Enquanto sou apatia, sou desespero. Sou a parte que falta de mim mesmo. Sou metade de tudo o que for inacabado e o que resta é o além das minhas fronteiras torpes.... As fronteiras de alguém que teve a audácia de pensar ter qualquer controle e pesar por ser o contrário.

Eu sinto que tua porta está fechada para mim, e minhas tentativas de demonstrar atenção e agradar tem sido “o caminho mais rápido para a rejeição”. Talvez, Carpinejar tenha razão, nesse ponto.

Rejected by Tom Roberts

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Cem

Denúncia

Hoje não, Talvez Amanhã...