Aos meninos que um dia conheci, nos bares e cantorias dessa estrada sem fim e àqueles que ainda hão de entrecruzar estes devaneios solitários, dedico essa minha centésima postagem. Aos meninos que já me viram chorar, que riram comigo e já comeram uma batata assada num entardecer qualquer, onde sem delongas dissemos o que antes não diríamos nem para nós mesmos, com tamanha facilidade que surpreenderia até os mais liberais. Àqueles que, as palavras não bastando para expressar tamanha euforia de se sentir vivo, coisas transcendentais transubstancializaram o mais tenebroso e mais belo de nós mesmos: os nossos sentimentos. Não bastando tentar conter a contida dor do ser, dispara e arrebenta o gozo dos anjos, os corpos únicos, nus, unidos para sempre num ciclo empírio... a vida aflora... as lágrimas enlouquecem o proibido e questionam o convencional. Aos meninos inexistentes, aqueles dias de conversas intermináveis na internet onde apenas não se falava do banal, pois até um simples “...
Vou abrir uma garrafa de vinho e você vai me amar. Não se importará e nem vai querer descobrir se os sentidos que lhe causam o descontentamento pois o sabor do vinho no teu paladar envaidece os sentidos e lhe veste bem a necessidade de se embrenhar na simples necessidade do gozo vertiginoso. Minhas pernas não bastarão para te segurar junto a mim. Soube disso desde o primeiro encontro. Mas deixei conduzir-me pelo eterno segundo em que suas lágrimas e pragas rogadas para ele foram profanadas, e no meu ombro que elas caíram. Não me importo em ser o passageiro gesto do teu desespero. Este casual encontro foi desenhado para afogar os fantasmas ainda vivos de uma história que já acabou mesmo sem você querer. E sofrer. Mesmo que meu amor valha menos que o broto de uma erva daninha é o teu cheiro e teu sexo que perfuma meu quarto e meus pensamentos no agora. E vislumbro uma rara felicidade implícita, incrustada na minha pele, quando lhe sou o outro. O teu corpo veste o meu de ...
Oi. Já há algum tempo queria escrever algo para esse lugar que considero mágico. Confesso que nessas longas semanas meu tato para a escrita esteve bem aguçado. Exasperado demais diria eu, o suficiente para não achar apropriado colocar no meu refúgio tais palavras, as quais guardarei na eternidade até que a coragem (ou vontade) deixe-me dá-lhes vida. Dos meus sonhos, das minhas atitudes e meus medos, quase tudo queria dividir com as pessoas, mas não me sinto bom para isso, ao contrário, acho que tudo que digo são apenas fugas, coisas que queria dizer para mim mesmo e não tenho coragem, coisas que queria assumir e não posso. Caros amigos, nobres desconhecidos de si mesmos assim como eu, das minhas palavras retiro apenas os erros de português (que tanto lutam em mostrar-me tamanha pequenez é a minha pessoa), o restante é para que os descontinuados não percam a criança. Até logo, ou não. Juan _____________________________ Parece que em tudo aquele que acreditava, hoje não acredito mais. Ta...
Comentários