Não!
Despeço-me de tudo que me norteia nesse instante. Parece que não há mais sentido em continuar com qualquer coisa, pois qualquer coisa não existe mais. E o que existe? Sou só eu em um monte de nada, onde só há tremor, só há desespero, só há insegurança e desvairo... Deixo para o banquete de vermes aquilo que de melhor houve em mim. Deixo as cartas inacabadas, as palavras não ditas, os pensamentos honestos e os sonhos ingênuos... Deixo a vida de um garoto do interior para encontrar aquilo que se perdeu... Quero explodir o mundo, quero purificar minha alma, quero me queimar no fogo as alucinações e quem sabe quero ressurgir como alguém fingidamente melhor. Pois melhor eu fui quando estava tudo sob meu fantasmagórico controle... onde o eu era o tudo e o nós não existia.... quero ser grande, quero ser um pouco de poder, mesmo que ele seja dentro de um microcosmo... quero me sentir útil, quero me sentir normal... Não acredito nas pessoas... Não acredito no amor...