As Horas, os Tormentos e a Fuga.
Você idealiza um lugar, um canto, um mundo de papel e de palavras soltas até o dia em que tudo se desmorona e você não sabe se é um curinga ou apenas uma outra carta qualquer do baralho. Não importa se é um rei, ou um valete... não importa se é uma dama ou um ás. Não importa, definitivamente! Mas, você é o curinga?
O diferencial está justamente no construir o perceber. Perceber os anos, como álbuns de ensinamentos; Perceber o que passou e o remanescente; Perceber o que mudou e não devia ter mudado; Perceber o quanto de mim ficou em você e o quanto de você está em mim.
Pensamentos que constroem cômodos estranhos nesse castelo de ilusões que agora nem sei mais se existe, pois nem sei quem sou exatamente. Na verdade, me contentaria em saber porque sou quem sou. Talvez assim saberia enfim qual é a cor que devo almejar. No entanto, minha capacidade mental se engana até nos sentimentos mais primários... Às vezes me pego perdido e inseguro por bobagens... E hoje me pergunto: onde estou?
Onde está aquele rapaz seguro de si, que mesmo no ápice do seu pensamento romantico, trazia consigo as primorosas armas da temperança, da segurança, da coragem e do espírito aguerrido... Talvez eu nunca vou saber onde ele esta, pois nem sei se um dia ele existiu... Talvez um dia, por ventura, eu me depare com ele no espelho e então saberei como era o eu que nunca existiu, ou então saberei que o que vejo ninguém mais vê e o que sou, não existe, pois só importa para mim (não importa para ninguém).
Hoje me perco em assumidas bobagens, e vejo aqueles que amo se desfazerem veemente sem ao menos respirar o ar do princípio. Desgasto-me nessa constante luta, sinto as marcas pelo corpo, queria que elas fossem lembranças apenas, mas são mártires abertos.
E se por um momento me ergo como a fênix, nos outros tantos volto ao mar da inquietação. Mas juro, só estou assim porque estou vivo e esse é o maior dom que tenho. Prefiro viver nas tormentas do pensar de que na alienação do mundo, mesmo que isso me custe todas as lágrimas dos meus tristes olhos.
Isso é um grito, um desesperado grito para espantar o silêncio que ronda o meu ser e que a inquietude e a insatisfação se aliem ao controle e a busca pela sabedoria, pois se eu um dia parar é porque a última gota de esperança sucumbiu do meu corpo...
Mas, por fim, o sono vem e tudo volta a ser o silencioso e pacato cotidiano... e eu volto a me perguntar as mesmas perguntas... as mesmas perguntas... as mesmas perguntas....
E se o fim fosse assim eu encontraria um momento de paz, mas as minhas noites são diferentes. É na entrega dos caminhos desconhecidos e enigmáticos dos sonhos que entrego essa alma desesperada... Caminho por lugares encaminháveis, enfrento alguns medos, perco a vida, amo amores incompatíveis, choro, corro, vôo, sinto.... Mas o dia teima em voltar e, com ele, tenho que me despedir do mundo de lá, que não é o mundo do descontinuado, mas também não é o mundo do mundo... é o paralelo, é o absurdo, é o elevado, é o êxtase involuntário, mas é contudo, a entrega de si mesmo.
O dia vem, e recomeça o ciclo, as mesmas besteiras, as mesmas coisas... tudo exatamente igual...
Por favor, me diga, até quando vamos nos destruir desse modo? Até quando vamos deixar de lado os inúmeros delineadores de felicidade para se lamentar os poucos borrões? Até quando seremos tão pequenos? Até quando?... até quando?... até quando?...
Talvez você nunca me entenda... Talvez não tenha nada para ser entendido... Talvez “a tristeza durará para sempre”
O diferencial está justamente no construir o perceber. Perceber os anos, como álbuns de ensinamentos; Perceber o que passou e o remanescente; Perceber o que mudou e não devia ter mudado; Perceber o quanto de mim ficou em você e o quanto de você está em mim.
Pensamentos que constroem cômodos estranhos nesse castelo de ilusões que agora nem sei mais se existe, pois nem sei quem sou exatamente. Na verdade, me contentaria em saber porque sou quem sou. Talvez assim saberia enfim qual é a cor que devo almejar. No entanto, minha capacidade mental se engana até nos sentimentos mais primários... Às vezes me pego perdido e inseguro por bobagens... E hoje me pergunto: onde estou?
Onde está aquele rapaz seguro de si, que mesmo no ápice do seu pensamento romantico, trazia consigo as primorosas armas da temperança, da segurança, da coragem e do espírito aguerrido... Talvez eu nunca vou saber onde ele esta, pois nem sei se um dia ele existiu... Talvez um dia, por ventura, eu me depare com ele no espelho e então saberei como era o eu que nunca existiu, ou então saberei que o que vejo ninguém mais vê e o que sou, não existe, pois só importa para mim (não importa para ninguém).
Hoje me perco em assumidas bobagens, e vejo aqueles que amo se desfazerem veemente sem ao menos respirar o ar do princípio. Desgasto-me nessa constante luta, sinto as marcas pelo corpo, queria que elas fossem lembranças apenas, mas são mártires abertos.
E se por um momento me ergo como a fênix, nos outros tantos volto ao mar da inquietação. Mas juro, só estou assim porque estou vivo e esse é o maior dom que tenho. Prefiro viver nas tormentas do pensar de que na alienação do mundo, mesmo que isso me custe todas as lágrimas dos meus tristes olhos.
Isso é um grito, um desesperado grito para espantar o silêncio que ronda o meu ser e que a inquietude e a insatisfação se aliem ao controle e a busca pela sabedoria, pois se eu um dia parar é porque a última gota de esperança sucumbiu do meu corpo...
Mas, por fim, o sono vem e tudo volta a ser o silencioso e pacato cotidiano... e eu volto a me perguntar as mesmas perguntas... as mesmas perguntas... as mesmas perguntas....
E se o fim fosse assim eu encontraria um momento de paz, mas as minhas noites são diferentes. É na entrega dos caminhos desconhecidos e enigmáticos dos sonhos que entrego essa alma desesperada... Caminho por lugares encaminháveis, enfrento alguns medos, perco a vida, amo amores incompatíveis, choro, corro, vôo, sinto.... Mas o dia teima em voltar e, com ele, tenho que me despedir do mundo de lá, que não é o mundo do descontinuado, mas também não é o mundo do mundo... é o paralelo, é o absurdo, é o elevado, é o êxtase involuntário, mas é contudo, a entrega de si mesmo.
O dia vem, e recomeça o ciclo, as mesmas besteiras, as mesmas coisas... tudo exatamente igual...
Por favor, me diga, até quando vamos nos destruir desse modo? Até quando vamos deixar de lado os inúmeros delineadores de felicidade para se lamentar os poucos borrões? Até quando seremos tão pequenos? Até quando?... até quando?... até quando?...
Talvez você nunca me entenda... Talvez não tenha nada para ser entendido... Talvez “a tristeza durará para sempre”
Comentários
Lá longe, do outro lado das águas, a mágoa e a incerteza apossaram-se do castelo de cristal. Escalaram as paredes familiares até ao limiar da insegurança. O receio confronta-se agora com todas as suas sombras - com o insuportável respirar da solidão. Ousará o salto no escuro em busca da liberdade?
O futuro deixou de ser um ponto intermédio entre os sonhos e a eternidade, mas a ternura ainda não capitulou. Hesita, é verdade, face aos desejos recém-chegados; aos sentimentos desconhecidos; à necessidade de resistir aos impulsos...! É ainda muito jovem - não tem por que chapinhar no vazio.
…E os caminhos não são estranhos quando não estamos sozinhos!
Hoje fiquei triste, mas depois passará. Como tudo na vida e o que muito se quer, também se acaba por perder... as pessoas não deixarão de ser complicadas, contra isso nada há a fazer. Não te iludas em demasia, mas vive a realidade possível, porque o resto é uma pura ilusão e os anos passam e um dia destes nada mais existe... os capítulos da vida são breves e o sofrimento não deixará de existir até ao último segundo. Hoje derramei lágrimas... amanhã será outro dia, apesar de tudo, nunca deixarei de desejar o bem mesmo a quem me coloca de parte, mesmo que fique indiferente. Lamento algumas posturas de pessoas ditas inteligentes que acabam por ser muito rudes. Tu entendes isso e tu és uma pessoa linda, com um interior lindo, muito lindo mesmo. Força e nada de vacilar... a vida continua com múltiplos propósitos.
Abraço
Dois Caracteres