O tempo que nos move


A distância nos brinda não raras às vezes com o equivoco das escolhas fáceis.
Ela, com o contar dos minutos, um depois do outro, pode nos presentear com a falsa sensação de dever cumprido em uma história que se apresenta como se nunca tivesse sido sua. Anônima. E então, você se percebe ao acordar numa terça-feira monótona com certo sabor em seus pensamentos.

Nada é planejado quando se trata das consequências de nossas escolhas difíceis. O fato de usarmos toda a nossa energia para seguir por um caminho, é um ato de desespero que nos consome qualquer capacidade racional. 

E ae, vem o tempo novamente! Esta entidade ausente de responsabilidade, um verdadeiro agente do caos, que é capaz de transportar todas as tuas angustias no dia, mas do mesmo modo ele te devolve tudo numa manhã tempestuosa, de uma só vez.

Você mergulha e tenta a todo custo sair das próprias inseguranças no espaço que ainda resta de ar. Mas é tempo suficiente apenas para respirar e não desmaiar entre tantas reviravoltas. Será que não estamos preparados para tomarmos decisões? Será que a incoerência é um dom que embriaga o desejo de liberdade? Pois não me parece ser possível assimilar qualquer liberdade se os passos são marcados pela dor dos calos passados.

Comentários

Luciana disse…
Assim como te falei, próximo à meia-noite. Que tenhamos escolhas mais felizes, afinal.

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