sobre envelhecer
Quero beber um copo deste teu lubridioso licor.
Assim eu entenderei um pouco dos cortados sinais,
Que sondam as cortinas dos meus sentimentos
mas que sucumbem entre tuas criadas neblinas.
Os teus dentes de lata sorriem para mim.
Os tortos gestos de um corpo maculado
Transam com as tentações do velho senhor
Para a amargura buscar conforto em mim
São tantas horas rodadas ao terno gesto do acaso
Que me pergunto o quanto disso tudo é invenção
Pois não há de ser certo querer sentir o gosto
E apenas o vazio preencher os meus espaços
Até não chegar uma resposta fabricada
abro os livros que nunca foram escritos
e cozinho os sonhos alheios, egoista-mente
nesta masturbação da solidão sem fim.
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