O Hino de Seleky



Visto-me com o teu corpo para sentir-me teu

Entre suas curvas e palavras, tornam-se os gestos
que nunca antes pude vivenciar.

Quem és tu?

Visto-me com a tua vergonha e meus valores
destorcidos de uma vida amarga que inventei.
Minhas portas são as fáceis de abrir.

Quem és tu?

Visto-me com a cruz e palavra. Calúnia!
Trago a ti discórdias, dúvidas e mentiras.
Trago-lhe a certeza.

Quem és tu?

Quem és tu, figura translucida, que tateia os mares
da minha vil vida? Seria aquele que em palavras fez
existir uma amizade rasteira, cujo mérito teria sido
um simples jogo de cartas?

Seria, talvez, um pouco de cada um. Das tuas histórias...
Dos teus alter egos sórdidos, enraizados na imaginação
doente de uma alma já morta? Ser ausente de si.
Triste... Amargurado...

Eu senti o sabor das tuas lágrimas quando zombou
da ingenuidade de um amigo. Mas sei que elas foram
bem menos ácidas do que aquelas que provou
quando teve que aceitar o óbvio.

Eu sei quem és tu.
Mas, isso não importa,
afinal, a pergunta certa é:

Quem és tu?



Comentários

zerry disse…
adoreiiiiiiii....

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