O Diário de Teegoh - Semana 01
Deram-me este objeto que alguém impetuosamente o denominou como diário. Mas eu entendo bem os motivos que levaram a tal feitoria! Querem-me calar! Por começar minha própia mãe, que vive a repetir em todos os cantos deste casarão que minha educação vale menos que as botas velhas do merdeiro. Ela diz que falo demais, que ouso demais, que sou “moderno” demais. Quero que ela vá colher flores, para ser não dizer que quero que ela vá para um outro lugar! Não a desejo mal! Não pense mal de mim, diário! (não vou pegar nenhuma mania idiota de conversar com um pedaço de papel mal acabado, isso é ridículo!). Retificando: Não a desejo mal! Apenas queria que ela me deixasse em paz! Essa casa é tão grande! Tirando a ala norte, a qual não vou nunca mais pisar (lá é a morada do fantasma moribundo do meu pai) ainda sobra muito espaço por aqui, onde eu posso ficar em paz. Mas paz quem não mais tem é aquela moça que vi na festa de sexta. Estou sendo gentil (eu sou gentil!) ao chamá-la de moça, pois, de f