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Mostrando postagens de junho, 2008

No Tempo do Silêncio

Prefiro as coisas simples, um pequeno bilhete, um sorriso perdido entre tanta confusão. Prefiro o cheiro do teu corpo, mesmo que agora eu não saiba como ele é. Prefiro o silêncio da noite, suas histórias, suas ambições, seus devaneios de cavaleiro andante. Prefiro imaginar os seus beijos, pois não posso deles desfrutar momentos infinitos. Prefiro uma música, uma poesia de loucuras, uma poesia de amor! Prefiro o seu jeito simples de dizer: eu te amo. Eu te amo! Prefiro a esperança, as conversas da vida, e o som do mar. Se calhar prefiro tudo sem dizer uma só palavra. Se calhar, prefiro que meus olhos te digam tudo. Mas se nada der certo, lembre-se eu te amo... pra sempre.

Cheiro de ontem

Hoje acordei meio que como se não quisesse nada mais. Acordei como quando eu era uma criança, que se preocupa apenas com o dever de se divertir com meu amigo imaginário. Hoje pensei nos doces, nos sonhos e nos brinquedos que um dia eu fiz com minhas próprias mãos. Pensei na terra, nas histórias mirabolantes, nas canções escritas, nas cartas nunca enviadas quando o amor finalmente começara a se despertar em mim, mesmo que através do azul de uma amizade. Hoje acordei com vontade de falar coisas de amor, de falar contigo sobre os meus sentimentos todos, mas, principalmente, falar sobre esta saudade que sinto de ti neste momento. Hoje acordei com vontade de voltar a ser criança. Queria poder pegar o ônibus imaginário daquele tempo e voar até você. Abraçar-te. Levar-te pra bem longe dos teus e dos meus fantasmas malvados. Hoje quis ser um pouco melhor. Quis saber dizer coisas bonitas... Mas não consigo encontrar palavras que transformariam meus sentimentos em texto. Tudo

Tua Presença

Tudo o que sei desatua, num gesto de rebeldia. Não há mais palco, não há mais cenário, não há nem se quer personagens para inventar... só sobrou eu... creio que todo o mal não está em estar nu, sem perspectiva e sem lugar. Tantas possibilidades, tantos encontros repentinos, tanto orgulho fácil, sedução... É fácil tudo isso quando se vê um pouco além dos olhos do outro, quando vê que a carência que lhe toca não é nada comparada à do outro. É fácil inebriar o outro com histórias fáceis e promessas fluidas. Mas, quando se é tocado pela frivolidade dos dias, se torna tão claro quanto um enigma que o que se procura não está no instantâneo. Ah se um abraço teu eu pudesse trocar por algumas horas de minha, não precaver-me-ia nem por um segundo se quer: não haveria distância capaz de separar-me de ti, não haveria, mar, montanha, oceanos, capaz de tirar-me, com o capricho da desordem, os teus dedos a tocar, em carinhos, o meu corpo e, aos poucos, com toda a calma e grandiosidade do tua