Só me restam as lembranças...


Sei lá... Nunca me pareceu tão mais certo começar uma mensagem com um “sei lá”.Talvez porque essa seja a forma de expressar o que estou sentindo. No fundo é uma insistente batalha de dez mil sentimentos, que só me deixam mais desnorteado.

Até então tudo estava bem, mas que, por motivos que não devo colocar nessa fatídica mensagem, o mundo decidiu eclodir por pressão de uma insanidade egocêntrica e pérfida. O que me resta são os sonhos. Pois apagaram tudo! Apagaram as minhas esperanças. Apagaram as minhas vontades e, de repente, o que me restava era uma fuga quase como a de um marginal.

A sensação maior é a da decepção. Dói mais que um tapa na cara (que eu levei!). Dói mais que os insultos e calamidades (que eu ouvi!). Dói mais que a inércia dos amigos (que tive que superar quase que instantaneamente). Pois a decepção é geral: de repente, o mundo estava em fuligens de poluição, de repente, não sabia para onde ir ou com quem conversar...

Ainda bem que isso por um instante, não sabia de fato para onde ir, mas sabia com quem contar e, de repente, tive a sensação de um milésimo de insignificante grão de areia, de que, talvez as aquilo tudo era apenas um pesadelo.

Infelizmente, foi falta minha pensar que algo tão ruim era um pesadelo, mas era tudo tão absurdamente surreal que não podia ser real... não podia... não podia...

Existem capetas! Dos mais variados e ingênuos são aqueles que crêem que eles são bichinhos vermelhos de rabo e orelhas pontudas! Os capetas são as mazelas desse mundo, são representados pela fome, ganância, soberba, avareza, e insanidade fingida. Por um instante quis morrer, pois acho que ninguém merece isso e se a vida era isso, ou feita de situações como essa, eu, definitivamente, não mais queria ver o sol nascer.

Sei lá... ainda é tudo muito recente... ainda dói muito pensar que nesse fim de semana não mais dormirei no lugar onde encontrei amigos de verdade... Talvez eu seja bobo demais, sentimental demais...

Mas, sei lá... sei que podem tirar tudo de mim, mas nunca conseguiram tirar as lembranças, os sonhos e a esperança. No meio do furacão, sabia que haviam várias mãos estendidas para mim. Confesso que elas não são muitas, mas são as que eu tenho comigo e são as melhores.

Semana que vem o sol se levantará e ai sim eu vou saber que valeu a pena os momentos que por ali passei, mesmo com um final tão bizarro...

Adeus rasga-saia... Não preciso mais de ti, pois eu já tenho o melhor de ti...

Comentários

Anônimo disse…
Naquele dia falei contigo, disse-te as verdades mas não as quiseste ouvir, bloqueaste-me e foste embora todo zangado. Agora tens o que mereces.
J.C. disse…
Quem és tu? Pois não me lembro de ter-me ido, muito menos zangado... por favor, mostra-se a mim, para que então eu possa me desculpar se a ti pertence a verdade e, dela eu não tive nem uma gota por ser-me tão rude e cavernoso... aguardo-te anciosamente, mas, se fostes tu um débio que por aqui passou e zoa as coisas que não lhe vêem de perto, cuida-te da tua fuça e esqueça que existo, pois aqui sou o auxílio, nunca o revéz.

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