Ano novo... e tuas pedras?
Os dias, mais um ou menos outros, não sei bem, nem sei mesmo o que devo dizer nessa hora, pois podem esperar algo de mim e o que lhe ofereço não supra as expectativas.
Novo ano... E onde está a novidade nisso? Acordarei amanha e um calendário novo estará pendurado na parede da cozinha. Devo tomar leite, comer pão, fazer as mesmas coisas e continuar no estágio que às vezes eu gosto, outras nem tanto.
Qual o sentido da euforia se não for comemorar a vida ou talvez a esperança de continuar a vida?
Nos pedem para delimitar tudo e nos delimitam as datas, meu calendário não é o mesmo que o calendário da parede da cozinha. Isso não é por opção ou por “vontade de contrariar” é porque é! Simplesmente isso!
Mas como devo andar pelas calçadas mesmo que minha vontade seja voar, me contento (em parte) com o que conheci nesse tempo que delimitaram como 2005.
Descobri o amor, e descobri, logo depois, que não era amor “amor”, pois pensava ser assim e logo depois descobri que não era assim. Vou tentar melhorar a frase: descobri que o que sentia era algo de extrema grandeza, mas infelizmente não era o sentimento maior.
Descobri o amor depois, esse sim acho eu que é amor “amor”, algo infinitamente mágico e lindo. Penso que se isso não for amor não sei se o meu pobre coração agüentaria tamanho sentimento!
Corro por ai tentando achar meus sonhos, descobrir meu caminho... Tropeço nas pedras e quase me afogo nos lagos das traições. Descobri que sou um adulto, mesmo sendo o adulto mais criança da face da terra e que gostaria muito de permanecer dessa forma, mesmo sabendo que agradarei uns e outros nem tanto. Pois bem, tentarei fazer do meu mundo menos gelado, mas isso, sei bem eu, bons momentos tive e terei ainda outros.
Libertei-me nesses últimos dias, matei parte de mim que atormentara meus sonhos desde meus 13 ou 14 anos. Com a ajuda de sacrifícios e até de suicídios deixei para o mausoléu das lembranças um doce amor que agora cheira como os campos da infância e da cidade natal. Guardarei para sempre as boas lembranças e partirei em busca do que não sei nomear.
Mesmo não sendo fã das datas, respeito à cultura em que faço parte e não posso deixar de desejar a todos paz no coração e saúde para as mentes dos descontinuados. Em um mundo de maravilhas feito das ilusões de cada um, dos castelos protegidos de cada um, digo que se um dia conseguires abrir as portas para a glória da vida (ou algo que não sei nomear) me diga, por favor, e diga para toda essa gente que sofre hoje sem ter o que comer e sem ter como dar esperança aos filhos excluídos dessa terra e de tantas outras.
Que minhas palavras toquem teu coração e que esqueça dessa data, mas não esqueça da promessa de fazer desse mundo um lugar de bem viver para todos. Sei que não sou nada e que tenho muito a caminhar ainda. Sei que me perco no meu mundo e posso parecer egoísta o suficiente para esquecer dos milhões que roubam para comer. Mas te digo meu amigo, nobre desconhecido, se eu crescer um dia é porque soube fazer pelo menos um crescer comigo e se eu, pobre coração preso rodeado de fantasmas que me desencorajam, tento levantar-me e lutar para um sol menos ardido nas costas de quem não tem sombra, por que tu não podes ao menos tentar fazer o mesmo ou melhor que eu.
Se te desejo paz no coração e saúde é para você lutar por ti e por aqueles que não tem forças para lutar sozinho!
Se te desejo amor é para encontrar conforto nas horas mais difíceis!
Se te desejo coragem é para saber usar a prudência (mesmo que isso se pareça contraditório) para deliberar sobre o teu próprio futuro e o futuro daqueles que precisam de nós.
Talvez seja hora de esquecer a antiga idéia de que o mundo só muda com as revoluções sangrentas. Confio em você assim como confio na natureza. Pois então, as pedras continuam nas tuas mãos, já decidiu o que vai fazer!?
Novo ano... E onde está a novidade nisso? Acordarei amanha e um calendário novo estará pendurado na parede da cozinha. Devo tomar leite, comer pão, fazer as mesmas coisas e continuar no estágio que às vezes eu gosto, outras nem tanto.
Qual o sentido da euforia se não for comemorar a vida ou talvez a esperança de continuar a vida?
Nos pedem para delimitar tudo e nos delimitam as datas, meu calendário não é o mesmo que o calendário da parede da cozinha. Isso não é por opção ou por “vontade de contrariar” é porque é! Simplesmente isso!
Mas como devo andar pelas calçadas mesmo que minha vontade seja voar, me contento (em parte) com o que conheci nesse tempo que delimitaram como 2005.
Descobri o amor, e descobri, logo depois, que não era amor “amor”, pois pensava ser assim e logo depois descobri que não era assim. Vou tentar melhorar a frase: descobri que o que sentia era algo de extrema grandeza, mas infelizmente não era o sentimento maior.
Descobri o amor depois, esse sim acho eu que é amor “amor”, algo infinitamente mágico e lindo. Penso que se isso não for amor não sei se o meu pobre coração agüentaria tamanho sentimento!
Corro por ai tentando achar meus sonhos, descobrir meu caminho... Tropeço nas pedras e quase me afogo nos lagos das traições. Descobri que sou um adulto, mesmo sendo o adulto mais criança da face da terra e que gostaria muito de permanecer dessa forma, mesmo sabendo que agradarei uns e outros nem tanto. Pois bem, tentarei fazer do meu mundo menos gelado, mas isso, sei bem eu, bons momentos tive e terei ainda outros.
Libertei-me nesses últimos dias, matei parte de mim que atormentara meus sonhos desde meus 13 ou 14 anos. Com a ajuda de sacrifícios e até de suicídios deixei para o mausoléu das lembranças um doce amor que agora cheira como os campos da infância e da cidade natal. Guardarei para sempre as boas lembranças e partirei em busca do que não sei nomear.
Mesmo não sendo fã das datas, respeito à cultura em que faço parte e não posso deixar de desejar a todos paz no coração e saúde para as mentes dos descontinuados. Em um mundo de maravilhas feito das ilusões de cada um, dos castelos protegidos de cada um, digo que se um dia conseguires abrir as portas para a glória da vida (ou algo que não sei nomear) me diga, por favor, e diga para toda essa gente que sofre hoje sem ter o que comer e sem ter como dar esperança aos filhos excluídos dessa terra e de tantas outras.
Que minhas palavras toquem teu coração e que esqueça dessa data, mas não esqueça da promessa de fazer desse mundo um lugar de bem viver para todos. Sei que não sou nada e que tenho muito a caminhar ainda. Sei que me perco no meu mundo e posso parecer egoísta o suficiente para esquecer dos milhões que roubam para comer. Mas te digo meu amigo, nobre desconhecido, se eu crescer um dia é porque soube fazer pelo menos um crescer comigo e se eu, pobre coração preso rodeado de fantasmas que me desencorajam, tento levantar-me e lutar para um sol menos ardido nas costas de quem não tem sombra, por que tu não podes ao menos tentar fazer o mesmo ou melhor que eu.
Se te desejo paz no coração e saúde é para você lutar por ti e por aqueles que não tem forças para lutar sozinho!
Se te desejo amor é para encontrar conforto nas horas mais difíceis!
Se te desejo coragem é para saber usar a prudência (mesmo que isso se pareça contraditório) para deliberar sobre o teu próprio futuro e o futuro daqueles que precisam de nós.
Talvez seja hora de esquecer a antiga idéia de que o mundo só muda com as revoluções sangrentas. Confio em você assim como confio na natureza. Pois então, as pedras continuam nas tuas mãos, já decidiu o que vai fazer!?
Comentários
é isso aí lindo!
Abraços
Para alguns, o calendário tem mais significado que qualquer papel em qualquer parede. Serve para contagens, sejam progressivas ou regressivas. A cada dia uma nova esperança (será?!) ou a certeza de que sobrevivemos mais um dia.
Para alguns, este não será mais um ano. Mas, o último ano. Quantos não morrerão neste ano que nasce? Quantos também não (re)nascerão? Contar os dias nos permite ver o quanto crescemos ou deixamos de crescer. E os votos?! Quantos recebemos a cada troca de calendários? Mais: quais são os novos? Todos os anos novos fazemos os velhos votos, repetidos, quer sejam para os outros, quer sejam para nós mesmos. Sequer paramos para pensar no quanto somos responsáveis pelas tais "paz, felicidades, sucesso e esperança" que falamos. Acredito, que independentemente de quaisquer votos, o fato de poderem nos fazer por mais de uma vez já é, por sí só, um milagre. Olhai para quais são as pessoas que nesse reveillon repetem os votos que nos desejaram na virada do ano que passou e até em anos anteriores. Esses que nos repetem tais votos, estiveram realmente conosco durante mais de um ano. O que, nesse mundo... é muito tempo.
Não desejo a ninguém um Feliz 2006. Que desejem à si mesmos. Que façam ser mesmo este ano feliz. Para si e para os que estiverem à sua volta.
Este é meu último voto de ano-novo. Mas, pelo menos, é o mais sincero que já fiz...
Juan, já li duas vezes e sempre tenho uma sensação desconcertante!
Muito maduro e sincero, desperta alegria e orgulho da vida!
Abraços