Dos Monstros Que Somos e Criamos
Ele escondia o rosto. E nas fotografias tornou-se o mistério que almejou. Ele conhecia cada feitio de si mesmo e dominava até o que menos gostava do próprio corpo. Para alguns, ele era àquele que se perdia, pois, em comparação aos irmãos, seu futuro não era traçado na forma que haviam moldado para ele. Não era assim que eu o via. Ele escondia o rosto. Mas mostrava o corpo sem o menor pudor. Dava ao seu leitor particular o gosto de um prólogo e, talvez graças à áurea ingênua que ele exauria , manejava sutilmente os desejos de quem o quisesse ler, de modo a oferecer-lhe apenas o necessário para brotar a necessidade de ler cada linha daquela criatura. Até o fim. Ele escondia o rosto. Já não do mesmo modo as suas partes mais intimas. Estas apareciam num furor típico da idade, enquanto os pelos pubianos e aquelas que escapavam para todas as outras direções, vastos, não demonstravam precaução em demonstrar o desejo momentâneo que por ali objetivavam estar. Já não se trata de um garo