Das coisas que costumamos guardar e nunca confessar.
Sou o bibelô que enfeita tua galeria de possibilidades para ilustrar um senso de vantagem. Enquanto ela faz o mundo acabar com você e você continua apenas dançando em transe. Vejo teus passos tortos, vejo teus dias arrastados entre o tedio e o marasmo. Te adoro. Pois você me disse certa vez: Ignora que passa. Mas você não me ensinou a te ignorar E me pergunto: quem é você? Seria invenção da minha cabeça o que vejo? Você continua dançando entre as fumaças que exala e as promessas do amanhã. Ela é o alvo da vontade proscrita. Como uma máscara que não se encaixa na face dela. Enquanto eu sou carência em forma de querer fazer diferente e provar que sou bom. Enquanto, pateticamente, me derreto a cada monossilábica palavra que me profere. Me lembro das vezes que estávamos juntos e me dói quando me trata como um estranho Pois sei que a tua dedicação e zelo por ela é proporcional ao desprezo que sobra para mim. Não me importo, pois sei que não só de flores vive você