Luck
Um dia, sem pensar, fui atrás de uma pergunta. Conheci o mundo sem por os pés para fora de mim. Passei por tantas coisas que não devo nem começar a mencioná-las. Insignificantes são. Vivi em ti e nunca esquecerei dos sonhos, de quando eram os meus. Agora eles se foram.
Não há como falar. As letras cortam meus dedos ao dançarem descalças no salão da minha alma. E se a negação torna-se forte, como um fato indescritível, só resta-me, entre minhas palavras, brincar em não acreditar no que foi traçado. Sou o dono da locomotiva que destrói castelos de vidros, mas não sou de abandonar minha morada, por mais frágil que ela seja.
Mas tão belo é o teu sorriso em minha mente. És real? Parece-me tão belo o teu sorriso! Posso sentir ainda o perfume que não existe, você vem calmamente e abraça-me... você desaparece entre as brumas dos meus sonhos. Você morre.
Rego as tulipas, pois amanhã será o inverno e elas partirão de mim.
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