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Mostrando postagens de agosto, 2009

Perdido

Lá... bem longe, perto apenas das idéias nunca reveladas e dos cantos impronunciáveis eu passei aquela noite. Num ato que parecia ingênuo ser, no meio das montanhas de livros em branco, e assim por acaso você encontrei numa brincadeira nada infantil. Pouco se passa, o encanto se instala, a voz se apresenta e as ilusões dançam sem as preocupações de um adulto em formação (de algo). Mas, como todo canto, o dote era mais inebriante do que os longos e frios dias de agosto. Sem pestanejar, a música silenciosa anunciava a chegada da grande valsa. Naquele salão, as velas davam o tom de solenidade e eu estava à tua espera. Meu sexo era teu e nem a pior das crises poderia atingir-me naquele instante. A poucos passos de sentir o teu perfume, o balanço das chamas cantarola entre mil aromas diferentes, elas são graciosamente tocadas pelo vento do luar, e assim tornam-se fiéis expectadoras de um baile sobre mim mesmo. Trajando apenas a sombra da noite, mas tocado pelo brilho das luzes dança