Leve Desespero
Leve desespero, as coisas são mais difíceis quando o que você quer não tem nome, não tem cor, não se sabe o que é e que gosto tem. Sinto sua falta, hoje mais do que nunca. As coisas podiam ser diferentes se não errássemos tanto e o mundo rodasse em outra órbita. Doze pequenos anjos de junho, no céu estrelado de quase inverno triste e solitário. Quanto sono, vontade de me acabar na cama do fim do filme da vida. São tantas as cores e as palavras, que me confundo. Não sei mais se há algo além de mim. Não consigo te ver, te sentir... nem sei mais se vivo está. Às vezes me escondo, não tenho alternativa à não ser me esconder atrás de algo que não sou. Você não me entenderia, você já não entende nem aquilo que te mostro, como posso esperar de ti algo mais que o companheirismo do passado plácido e podre? Acho que eu não sou a essência de mim mesmo. Sou a máscara que querem que eu seja. Sou pequeno e desesperado, você me vê ascender e extremamente calculista. Quem é você? Você é qual alma pena