O Jantar
O jantar estava completo. E como todos os sentimentos possíveis já estavam à mesa, foi questão de minutos para perceberem as vontades mundanas se apresentaram através das trocas de mensagens ao invés de trocas de olhares. Nesse banquete o que não sobrou foram convidados de pseudo-complexidades diluídas em sentimentos contraditórios e servidos com rastros de descontentamento. Eu e minha estranha mania de unir em torno da mesa o doce e o amargo de se amar, flambado por ingenuidade tamanha que produz fogo azul, mas que apesar da suavidade da dança das chamas, queima de forma ininterrupta mesmo depois que findada. Eu tenho sido Anne e Celicy de mim mesmo. Sabotando-me! Mesmo que de forma inconsciente. Afinal, em um banquete não se junta dois prazeres em época de ebulição. Em uma mesa não se coloca cara a cara um estimulante avesso de ti. O resultado para quem buscou viver algo vertiginosamente perfeito cumpriu seu dever e se concretizou, mas de forma oposta a que fantasiada pelo a