Má Lembrança
Impeto rumbor de uma dor que consome o septo desta alma sendo incapaz de impedir que o amargo dos dias quebrados assombre os findos resquícios de saudades, e ali armados de descomunal tristeza, emolduram os vícios nesta forma. Os dias calangueiam as frescuras e dissipam meu destino, enquanto o sol teima em demonstrar as virtudes das vidas entre as frestas da janela do meu quarto escuro de feridas, porém a sofreguidão envenenou o que antes era cristalino. Pode ser que seja mais uma confusa temporada de inverno ou uma marola a fluminar meus pecados de outros veraneios mas, por hora, finjo não acreditar em nada que seja eterno Pois, pode ser que tudo seja nada e aquilo que nos é herança se transforme em desilusão e promessas infundadas de terror. E por fim, perceber que sou para ti apenas uma má lembrança.