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Mostrando postagens de fevereiro, 2008

Se um dia

Se um dia eu quiser contar um conto de alegria sobre a minha vida teria que partir esses dias ao meio. Se um dia eu quiser dizer que o amei de verdade terei que esconder a dor que sinto neste momento no meu coração. Se um dia eu quiser entender o que essas palavras que dissemos todos os dias significam terei que ser melhor do que sou hoje. Se um dia enxergar em ti o que queria ver hoje, acreditarei. Pois hoje, só me restam os cacos de uma batalha pessoal fracassada.

A Queda (número 10.000 e outros tantos)

Se um dia, por acaso, chegares até mim com palavras doces para me dizer que a contrariedade dos atos são sempre reflexos de nossa humanidade, concordarei contigo, porém sempre há a possibilidade de sermos mais do que vítimas de nossa própria humanidade. Sei que não sou, nem de longe, o melhor exemplo de sincronismo ou de coerência. Sempre contei com a sinceridade como álibi para se ter uma convivência afetiva próxima e construtiva. Em qualquer relação, desde uma amizade singela até os amores mais profundos, pensava que a melhor forma de se construir bons alicerces afetivos é saber que somos absurdamente rascunhos de nós mesmos... Por sermos contraditórios, à ponto de não saber lidar com nós mesmos, idealizamos e criamos um mundo imaginário cheio de expectativas, onde príncipes vivem, onde fadas cuidam para deixar o mal bem longe de nós, onde palavras são sempre poesias e a alma acalma até os mais zangados. Idealizamos o mundo, idealizamos os outros e quando nos deparamos com certas pes