Se um dia, por acaso, chegares até mim com palavras doces para me dizer que a contrariedade dos atos são sempre reflexos de nossa humanidade, concordarei contigo, porém sempre há a possibilidade de sermos mais do que vítimas de nossa própria humanidade. Sei que não sou, nem de longe, o melhor exemplo de sincronismo ou de coerência. Sempre contei com a sinceridade como álibi para se ter uma convivência afetiva próxima e construtiva. Em qualquer relação, desde uma amizade singela até os amores mais profundos, pensava que a melhor forma de se construir bons alicerces afetivos é saber que somos absurdamente rascunhos de nós mesmos... Por sermos contraditórios, à ponto de não saber lidar com nós mesmos, idealizamos e criamos um mundo imaginário cheio de expectativas, onde príncipes vivem, onde fadas cuidam para deixar o mal bem longe de nós, onde palavras são sempre poesias e a alma acalma até os mais zangados. Idealizamos o mundo, idealizamos os outros e quando nos deparamos com certas pes